Cinema

Mr. Magoo

Mr. Magoo
Título original: Mr. Magoo
Ano: 1997
País: Estados Unidos
Duração: 87 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Stanley Tong (Fúria em Shanghai, O Mito [2005], Kung Fu Yoga)
Trilha Sonora: Michael Tavera (Wilbur e Seus Amigos, Em Busca do Vale Encantado IX - Viagem à Àgua Grande, Stitch! O Filme)
Elenco: Leslie Nielsen, Kelly Lynch, Matt Keeslar, Nick Chinlund, Stephen Tobolowsky, Ernie Hudson, Jennifer Garner, Malcolm McDowell, Miguel Ferrer, L. Harvey Gold, Art Irizawa, John Tierney, Terence Kelly, Rick Burgess, Jerry Wasserman, Bill Dow, Monique Rusu
Avaliação: 3/10

Visto via Netflix em 24-SET-2018, Segunda-feira

Sapeando pelo catálogo da Netflix e procurando algo rasteiro para assistir, eis que me deparo com Mr. Magoo, a versão cinematográfica para o desenho do senhorzinho míope que leva a vida em paz com a boa vontade do destino. Por incrível que pareça, eu desconhecia totalmente o fato de que Magoo havia ganhado uma versão de carne e osso, e mais tarde descobri o porquê: o longa foi retirado rapidamente dos cinemas por ter enervado as instituições de cegos mundo afora, que teriam se sentido ofendidas. O que se seguiu foi uma carreira medíocre no mercado de vídeo. Vale lembrar, porém, que o boicote que derrubou o filme dos cinemas em nada é culpado por sua ruindade.

Magoo (Leslie Nielsen) é um multimilionário que passa os dias a supervisionar seu império, quando se torna suspeito do roubo de um rubi gigantesco durante uma exposição de arte. Em busca do rubi está uma dupla de larápios (Nick Chinlund e Kelly Lynch, bela como sempre) a serviço de um chefão do submundo (Malcolm McDowell), enquanto dois policiais que não se bicam (Stephen Tobolowsky e o caça-fantasma Ernie Hudson) seguem o procedimento padrão para tentar desmascarar Magoo. Para os acontecimentos do dia-a-dia o velhinho míope conta com a ajuda do sobrinho bobão (Matt Keeslar) que está apaixonado pela princesa que trouxe o rubi roubado para o país (Jennifer Garner). Assim como no desenho, Mr. Magoo se apoia fortemente em gags visuais para apresentar as trapalhadas do velhinho. Até certo ponto a estratégia não chega a ser ruim, mas tudo vai por água abaixo quando ele é transformado numa espécie de mestre dos disfarces que se alia à polícia para encontrar a joia preciosa. O que se segue é um punhado de esquetes sem muita conexão narrativa ou lógica, com um clímax curioso que se passa em locações brasileiras onde o povo fala espanhol. O humor é infantil e primitivo, e apesar do ótimo elenco o que se tem ao final é uma comédia sem muita graça.