Revisto via Netflix em 23-AGO-2020, Domingo
Dado o estrondoso sucesso do jogo no qual foi baseado, o êxito comercial de Mortal Kombat na época de seu lançamento é perfeitamente justificável. Eu fui um dos que colaborou para esse sucesso. Revendo o filme depois de tantos anos, no entanto, fica evidente quão mal ele envelheceu. Além de todos os vícios típicos dos filmes de ação dos anos 90, a história do filme não faz sentido algum e só serve de muleta para costurar as lutas entre os vários personagens do jogo. Basicamente, um déspota interdimensional chamado Shang Tsung (Cary-Hiroyuki Tagawa) convoca lutadores de várias dimensões para defenderem seus mundos. A Terra corre perigo porque será invadida pelos vilões caso seus representantes sejam derrotados. Entre eles está Johnny Cage (Linden Ashby), um ator desacreditado em suas técnicas de artes marciais, Sonya Blade (Bridgette Wilson), uma militar que está à procura de um inimigo mortal, e Liu Kang (Robin Shou), um chinês obcecado por vingar-se pelo assassinato do irmão nas mãos de Shang Tsung. Servindo como mentor dos três na viagem interdimensional está Rayden (Christopher Lambert), mestre dos raios e da eletricidade. Diálogos toscos, atuações ruins, efeitos especiais em sua maioria datados e lutas mambembes fazem parte do pacote, que não contém nada do sangue e da violência pelos quais o jogo de vídeo-game ficou famoso. O único combate realmente empolgante é o de Johnny Cage contra Scorpion, que impressiona pela crueza e velocidade dos golpes.
O filme foi seguido pela continuação Mortal Kombat - A Aniquilação, lançada dois anos mais tarde.