Revisto via Netflix em 27-FEV-2013, Quarta-feira
A primeira fase da carreira de Patrick Dempsey, que renasceu na televisão depois de um longo período de ostracismo, foi marcada por inúmeros filmes que seguem a mesma linha de Loverboy, uma comédia adolescente com um quê de diferente – não tão redondinha como os trabalhos mais famosos de John Hughes, mas divertida o suficiente para a sessão valer a pena. Dempsey faz o papel de um rapaz que acabou de entrar na faculdade mas teve o privilégio revogado pelo pai (Robert Ginty), revoltado após lhe fazer uma visita no campus e constatar a situação anormal em que o filho está vivendo. De volta para casa, ele começa a trabalhar como entregador de pizzas para conseguir dinheiro, voltar a estudar e rever a namorada. Uma virada do destino, no entanto, faz com que ele se transforme no garoto de programa favorito das ricaças de Beverly Hills. As confusões geradas pela situação são inúmeras, e elas só melhoram quando a comédia de erros faz com que os pais do rapaz pensem que ele é homossexual. Leve apesar do tema um pouco sério (talvez leve até demais), Loverboy impressiona pelo modo como culmina num clímax que resvala no pastelão. Sim, nosso heroi nunca passa pelos percalços mais sérios relacionados à sua profissão secundária, mas para apreciar o filme é preciso aceitar as vistas grossas do roteiro, que rende uma pequena gema adolescente dos anos 80.