Visto no cinema em 9-MAI-2007, Quarta-feira, sala 1 do Multiplex Pantanal
Como ator, o diretor Tony Goldwyn é pródigo em encarnar figuras antipáticas. Como diretor, neste que é seu terceiro filme, os ensaios anteriores (sem contar séries de TV) parecem tê-lo conduzido a um patamar de sensibilidade que começa a pedir certo respeito. Obviamente, o roteiro do oscarizado Paul Haggis, o elenco escolhido a dedo e o fato do filme ser uma refilmagem do cultuado O Último Beijo (Gabriele Muccino, 2001) contam a favor do ótimo resultado.
Ainda não assisti ao original italiano. O remake, por sua vez, faz tudo certinho, começando pela tensão do triângulo amoroso formado por um casal estabilizado (Zach Braff e Jacinda Barrett) e uma sexy e irresistível pós-adolescente (Rachel Bilson) fascinada pelo rapaz, que está atordoado com a perspectiva de ser pai em breve. Ao seu redor, amigos e pais servem como espelhos distorcidos do que sua vida pode se tornar, qualquer que seja a decisão que ele venha a tomar. Todos os coadjuvantes são bem desenvolvidos e formam um grupo de fácil identificação para muita gente, seja pelas personalidades ou pelo modo como seus problemas são retratados.
A carga de drama ameaça engolir o romantismo e a comédia às vezes, mas não tira o brilho do filme, que é bastante divertido.