Visto via Netflix em 6-MAR-2015, Sexta-feira
A longevidade da série Pânico no Lago não se deve a nada particularmente substancial. Transformada numa piada desde o segundo filme, a ideia originalmente concebida no agradável longa de 1999 deu lugar a um vergonhoso painel onde o elenco passa vergonha para pagar suas contas. Que o diga Yancy Butler, que logo no início desde Capítulo Final aparece como uma das únicas sobreviventes do massacre que marcou o desfecho de Pânico no Lago 3. Promovida à equipe governamental que tem a missão de capturar e catalogar os crocodilos gigantes remanescentes do lago porque eles estão em extinção, a ex-caçadora é também a responsável por destilar falas irônicas e engraçadinhas do início ao fim do filme. Quem a ajuda na tarefa de sustentar a graça da história é Robert Englund, no papel de um mercenário que é também parente da dona maluca que começou toda a presepada lá no primeiro filme. O resto é uma colagem de baboseiras que tem como protagonistas a nova xerife (Elisabeth Röhm) e sua filhinha cabeça-de-vento (Poppy Lee Friar) que acaba ficando presa no paraíso de crocodilos junto com mais alguns adolescentes. Engraçado mesmo é ver como os personagens-chave sempre escapam de serem dilacerados apesar de serem arrastados pra lá e pra cá pelas mandíbulas poderosas criadas com efeitos de computador de última categoria. No mais, há um pouco de sangue, nudez mínima e interpretações bisonhas aos borbotões.
Para alegria dos fãs, o que era para ser um capítulo final acabou ganhando mais uma sequência crossover em Pânico no Lago - Projeto Anaconda, de 2015.