Visto via Netflix em 26-AGO-2018, Domingo
Uma das animações que maior influência tiveram na estética cyberpunk que se popularizou após sua realização, O Fantasma do Futuro/Ghost in the Shell logo se tornou um filme cult tanto entre fãs do mangá que lhe deu origem quanto entre aqueles que se identificaram com a história carregada de violência, estilo e filosofia. No ano 2029 o avanço tecnológico é tamanho que a linha que separa ciborgues e humanos se tornou difícil de ser categorizada, como mostram as ações do "mestre dos fantoches", um hacker que está se infiltrando e controlando as mentes de pessoas para roubar informações secretas do governo. Cabe a uma divisão especial de policiais ciborgues encontrá-lo, uma responsabilidade que termina por afetar profundamente a líder da equipe, major Motoko Kusanagi (voz de Atsuko Tanaka). Com técnicas de animação bastante inovadoras para a época, o filme é de um primor visual que impressiona, em direto contraste com a aridez da história, o excesso de personagens sem qualquer importância na trama principal e o ritmo desconjuntado que torna difícil acompanhá-la. Há ainda um abuso de cenas de montage, como a que usa novamente a bela música que toca na abertura e em nada acrescenta à narrativa. Para entendedores e fãs pregressos pode até ser que funcione, mas como trabalho de cinema a falta de coesão do roteiro é deveras decepcionante.
Mamoru Oshii dirigiu a continuação O Fantasma do Futuro 2 - A Inocência em 2004, e em 2008 relançou O Fantasma do Futuro numa releitura com o subtítulo de 2.0.