Visto via Star Plus em 13-JUL-2022, Quarta-feira
Considerando a sensação morna deixada por Kingsman - O Círculo Dourado, as expectativas ficaram bastante reduzidas para King’s Man - A Origem, que mostra os eventos que levaram à criação da agência de espionagem secreta inicialmente apresentada em Kingsman - Serviço Secreto. Até que ponto tal percepção influencia a apreciação desse novo capítulo é difícil dizer, mas a grande verdade é que A Origem representa uma melhoria e tanto em relação ao segundo filme, sendo tão divertido quanto o primeiro. Com um roteiro inteligentemente amarrado aos principais eventos da Primeira Guerra Mundial, o filme acompanha a trajetória de um duque pacifista (Ralph Fiennes) que faz o que pode para proteger o próprio filho (Harris Dickinson) dos horrores do mundo e, particularmente, da guerra que se aproxima em solo europeu. Sua proximidade com o rei inglês (Tom Hollander) o leva a se envolver nos bastidores do conflito, o que inclui também dois fieis servos que o acompanham em todos os momentos (Djimon Hounsou e Gemma Arterton). Apesar de um arco narrativo deveras ambicioso o filme jamais deixa de ser interessante, divertido e bem-humorado, contando ainda com inúmeras referências a figuras históricas reais e aos filmes anteriores (por isso é recomendado que os longas sejam assistidos na ordem em que foram lançados). Caracterizações excelentes marcam os novos heróis dentro do grupo dos Kingsman, mas a galeria de vilões não é menos memorável. Que o diga o guru/curandeiro russo Rasputin, interpretado com absoluta genialidade por Rhys Ifans sob pesada peruca e maquiagem.