Visto via Netflix em 30-NOV-2019, Sábado
O ritmo cadenciado de I Am Mother esconde muitas pistas sobre o que está por trás da realidade pós-apocalíptica onde uma robô se encarrega de reiniciar a humanidade ao criar uma menina depois que os seres humanos foram erradicados da face da Terra. A garota a chama de "mãe", ao passo que a robô a chama de "filha". A mocinha é educada formalmente e recebe carinho e afeto, e já adolescente (Clara Rugaard) vê sua curiosidade aflorar quando um roedor adentra os corredores do complexo. Mais tarde, sua relação com a mãe é abalada quando ela deixa que uma mulher estranha e ferida (Hilary Swank) entre no lugar. Econômico nos diálogos mas extremamente rico em exposição visual e narrativa, I Am Mother prossegue numa espiral de revelações que culmina num desfecho que traz mais perguntas do que respostas. A sutileza elegante dos efeitos especiais aplicados à robô (que é "interpretada" por um homem porém conta com a voz da atriz Rose Byrne) abrilhanta com louvor o apurado trabalho da dupla de atrizes e do diretor iniciante.