Visto no cinema em 19-SET-2011, Segunda-feira, sala 1 do Multiplex Pantanal
Dando sequência a uma linha de trabalho fortemente marcada por filmes de contornos fantásticos, o cineasta Cláudio Torres escreve e dirige a comédia de ficção científica O Homem do Futuro, que pode ser muito bem descrita como uma mistura amalucada de De Volta para o Futuro e Efeito Borboleta. Wagner Moura é um físico brilhante porém cheio de cacoetes e prestes a afundar junto com sua pesquisa revolucionária. Pressionado por sua patrocinadora (Maria Luísa Mendonça), ele decide testar o novo acelerador de partículas que inventou para provar que pode gerar uma nova forma de energia. O efeito desejado, no entanto, é outro: o cara é enviado no tempo de volta ao dia que definiu sua vida, quando sua então namorada (Alinne Moraes) o humilhou diante de toda a faculdade. Aí está a chance que ele tem de alterar o passado e evitar a vida miserável que leva no tempo presente. Apesar de não estar no mesmo nível de risadas do longa anterior do diretor (A Mulher Invisível), O Homem do Futuro é movimentado e razoavelmente divertido, particularmente graças ao desempenho de Wagner Moura. A leveza da história se sobrepõe às arapucas do roteiro, que não escapa dos inevitáveis paradoxos envolvendo viagens no tempo.