Visto no cinema em 3-FEV-2013, Domingo, sala 6 do Multiplex Pantanal
O conto de João e Maria é conhecido mundialmente, e antes de assistir a esse filme eu tinha lembranças vagas sobre uma bruxa e um rastro de migalhas de pão. As migalhas nem passam perto de aparecer no filme fantástico dirigido pelo norueguês Tommy Wirkola, uma tentativa oportunista de dar um pontapé em mais uma franquia cinematográfica. Do conto original só restam alguns minutos da introdução, que mostra João e Maria sendo abandonados na mata e encontrando uma bruxa malvada dentro de uma casa feita de doces. Eles conseguem escapar, e já adultos se tornam renomados exterminadores de bruxas. Eles são convocados para resolver o mistério do desaparecimento de crianças de um vilarejo, supostamente raptadas por bruxas. A época em que se passa a história não é determinada, consistindo basicamente de uma caracterização medieval com toques tecnológicos a cargo da parafernália que a dupla de irmãos usa para exercer justiça. Tanto Jeremy Renner quanto Gemma Arterton se apoiam no próprio carisma e nas situações espertas do roteiro, em trabalho tão mercenário como o do próprio nome do filme. Famke Janssen não perdeu nada da beleza na pele da bruxa malvada, e é provavelmente o único outro rosto conhecido ao lado de Peter Stormare, pagando as contas como um xerife de aldeia convertido em vilão. Com uma atmosfera que lembra a mistura de horror e ação capitaneada pela série Anjos da Noite, o filme tem uma quantidade razoável de sangue e tripas e até se atreve a mostrar um pouco de nudez. O resultado não é revolucionário mas é uma diversão passável, e tudo aponta para uma eventual continuação.