Visto via Netflix em 21-JUN-2020, Domingo
É bem verdade que a impressão que fica ao final de Dia da Namorada é que o filme poderia ter sido muito bem realizado como um curta-metragem. Bastante curto para os padrões de um longa-metragem, ele conta com uma história que não se decide entre o drama e a comédia em meio a rompantes que remetem aos trabalhos mais sombrios feitos por David Lynch. Um premiado escritor de cartões comemorativos (Bob Odenkirk) sofre com bloqueio mental há anos quando finalmente é mandado embora pelo chefe. Perdido e forçado a cuidar do filho do dono de seu apartamento para pagar o aluguel, ele vislumbra uma nova chance quando o prefeito decide implementar o novo "dia da namorada", o que acaba provocando um embate entre as várias empresas de cartões que atuam em sua região e descamba para eventos de traição e assassinato. Amber Tamblyn aparece mais ou menos nesse momento como um providencial novo interesse amoroso de Odenkirk. Infelizmente o filme carece de material para sustentar o aspecto bizarro que permeia a história, o que deixa tudo com uma aura mundana que faz a plateia se perguntar qual era mesmo seu propósito assim que ele termina.