Cinema

A Filha de Frankenstein

A Filha de Frankenstein
Título original: Frankenstein's Daughter
Ano: 1958
País: Estados Unidos
Duração: 85 min.
Gênero: Terror
Diretor: Richard E. Cunha (Mulheres Demônio, O Gigante do Outro Mundo, Terríveis Monstros da Lua)
Trilha Sonora: Nicholas Carras (Dr. Sex)
Elenco: Donald Murphy, Sandra Knight, John Ashley, Sally Todd, Harold Lloyd Jr., Felix Locher, Wolfe Barzell, John Zaremba, Robert Dix, Harry Wilson, Voltaire Perkins, Charlotte Portney, Bill Coontz, George Barrows, Page Cavanaugh
Avaliação: 5/10

Visto via Tubi TV em 1-FEV-2021, Segunda-feira

Sem qualquer relação com a série de filmes realizada pelos estúdios Universal, A Filha de Frankenstein apresenta uma narrativa moderna cujo protagonista é ninguém menos que o neto do dr. Frankenstein original. Trabalhando anônimo como ajudante num laboratório, o cara (Donald Murphy) conduz suas experiências de ressuscitação de cadáveres escondido do empregador, um cientista sonhador (Felix Maurice Locher) que por sua vez deseja criar um soro milagroso. Um lacaio disfarçado de jardineiro (Wolfe Barzell) o ajuda em seus desígnios maléficos, que começam pela transformação da sobrinha do cientista (Sandra Knight) numa criatura horrenda que começa a espalhar o terror pela região. Mas é só quando surge uma bela moça (Sally Todd) que ele percebe que terá o cérebro que precisa para dar vida à sua maior obra. Apesar do baixo nível da produção como um todo, A Filha de Frankenstein chama a atenção por pelo menos três aspectos principais. Um deles é a figura do próprio doutor, um maníaco verdadeiramente cruel sem nenhum escrúpulo médico ou social. Outro é a maquiagem aplicada ao rosto do "filha" do monstro, que em nada lembram as feições da belíssima Sally Todd – fontes indicam que o maquiador não sabia que a criatura deveria ser uma mulher, e que quando chegou a hora da filmagem não havia mais dinheiro para preparar outra máscara. Por fim, o lado sinistro da história é completamente deixado de lado numa longa sequência musical digna de Bollywood, que quebra o ritmo do filme em sua reta final de maneira verdadeiramente bizarra. O resultado é um trabalho meio esquizofrênico que vale ao menos uma espiada para os fãs do personagem clássico criado pela britânica Mary Shelley.