Visto no cinema em 31-MAI-2009, Domingo, sala 1 do Multiplex Pantanal
Se um filme lançado sem grande alarde consegue ficar mais de quatro semanas em cartaz, com certeza ele merece a atenção de quem frequenta as salas de cinema, especialmente se estamos falando de um filme nacional. Foi assim, portanto, que me convenci a sair de casa no Domingo frio para ir assistir a Divã.
Divã tem como protagonista a veterana global Lília Cabral, que em toda sua carreira jamais deve ter tido um papel de tanto destaque num filme (ou mesmo novela). A seu favor Lília pode ficar orgulhosa por carregar o filme nas costas, tornando-se assim o maior trunfo de uma comédia um pouco verborrágica (mal recorrente das comédias brazucas) e que se esforça para fugir dos clichês. Ela é Mercedes, mulher casada de meia idade que passa a ir ao analista e assim descobre uma nova vida ao seu redor, tanto em seu relacionamento com o marido (José Mayer) quanto com um jovem galanteador (Reynaldo Gianecchini). O roteiro faz bem em atribuir o devido valor a cada um dos personagens coadjuvantes, contando com pelo menos um par de cenas hilariantes e uma mão pesada no drama sério já na reta final do filme. O padrão geral é o mesmo das demais produções da Globo Filmes e, se não revoluciona o cinema de entretenimento brasileiro, pelo menos não faz feio e põe um sorriso real na cara da plateia assim que os créditos começam a subir (real no sentido de "calcado na realidade", não no sentido de "engraçado").