Visto via Netflix em 2-NOV-2014, Domingo
Ao mudar a perspectiva da história para o ambiente exterior ao famigerado cubo onde pessoas permanecem aprisionadas como ratos e ficam sujeitos às armadilhas mais grotescas possíveis, a prequel Cubo Zero garante um interesse renovado no mistério originado pelo primeiro filme da série, lançado em 1997. Desta vez a plateia acompanha o desenrolar dos eventos na companhia de dois técnicos que são responsáveis por controlar tudo o que acontece dentro do cubo. O veterano (David Huband) é avesso a questionamentos e segue a cartilha do não-envolvimento, enquanto o novato (Zachary Bennett) se mostra cada vez mais interessado em entender o porquê da ausência dos outros técnicos. Ao perceber que uma das prisioneiras (Stephanie Moore) são assinou o tal formulário de consentimento, o novato decide entender melhor o propósito de seu próprio trabalho, o que acaba irritando a cúpula que controla o lugar com mão de ferro. O suspense bizarro resultante cria uma atmosfera mais amigável e abrangente que os filmes anteriores, porém fica difícil torcer pelos mocinhos quando tudo aponta para a inegável impossibilidade de redenção. A ponte que une este filme a Cubo é bacana, para ela ficar perfeita só faltou mesmo resgatar o elenco original. É aí que quase dá pra ficar desapontado com o fato de Cubo Zero ser um trabalho de orçamento modesto.