Cinema

Copycat - A Vida Imita a Morte

Copycat - A Vida Imita a Morte
Título original: Copycat
Ano: 1995
País: Estados Unidos
Duração: 123 min.
Gênero: Suspense
Diretor: Jon Amiel (O Homem que Sabia de Menos, Armadilha [1999], O Núcleo)
Trilha Sonora: Christopher Young (Inesquecível [1996], A Verdadeira História de Marilyn Monroe, Segredo de Sangue)
Elenco: Sigourney Weaver, Holly Hunter, Dermot Mulroney, William McNamara, Will Patton, Harry Connick Jr., J.E. Freeman, John Rothman, Shannon O'Hurley, Bob Greene, Tony Haney, Danny Kovacs, Tahmus Rounds, Scott DeVenney
Distribuidora do DVD: Warner
Avaliação: 8

Thriller enxuto e, na maior parte do tempo, eficiente. Assim é Copycat, longa que recebeu um subtítulo esdrúxulo em português e coloca Sigourney Weaver contra um serial killer à solta em San Francisco.

Weaver faz o papel da dra. Helen Hudson, psiquiatra renomada que está há meses trancafiada em casa em decorrência da agorafobia e da síndrome de pânico desenvolvidas após uma experiência traumática com um dos serial killers que analisava (Harry Connick Jr.). A boa doutora, porém, não se faz de rogada e insiste em fornecer algumas dicas por telefone à polícia da cidade, que se encontra completamente perdida na investigação de várias mortes que apontam para um novo assassino serial à solta. Não demora para que a detetive de homicídios M.J. Monahan (Holly Hunter) e seu parceiro Ruben (Dermot Mulroney) batam à sua porta à procura de uma colaboração mais efetiva. Só que a colaboração de Helen para desvendar os crimes do assassino que copia os "trabalhos" de serial killers famosos acaba tornando-se mais perigosa do que ela jamais imaginara.

O filme tem bom clima, é bem fotografado e tem um ponto central interessante. Mas ele não seria metade do que é se não fosse por Sigourney Weaver, que o carrega nas costas. O membro do elenco de chega mais perto de ser tão convincente é o crooner Harry Connick Jr., que se mostra surpreendente como um psicopata demente. Holly Hunter, coitadinha, além de baixinha e completamente sem sal, não tem a presença que uma personagem do seu porte exige, o que acaba deslocando a atenção da platéia para o parceiro Ruben. Infelizmente, nem o inocente Ruben pode mantê-la por muito tempo, como demonstra uma grande derrapada de uma história que tinha tudo para se tornar memorável, se não fosse por algumas subtramas supérfluas e seus eventuais desenlaces. Fora isso, há uma boa dose de violência e conseqüente tensão, além de uma referência bacana ao oscarizado O Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme, 1991).

Já ouvi muitas pessoas comparando Copycat a Seven - Os Sete Crimes Capitais (David Fincher, 1995). Em verdade, o filme de Fincher é mais bem costurado, o que o torna superior à obra de Jon Amiel, mas não a ponto de diminuí-la em sua eficiência como um suspense razoável. Como bônus, o compositor Christopher Young entrega simplesmente uma das melhores trilhas de suspense que já ouvi na vida, melancólica e ao mesmo tempo atmosférica, densa e opressiva. Muito da ambientação conseguida pelo diretor Jon Amiel em Copycat se deve à música.

A seção de extras do DVD contém o trailer, biografias curtas do diretor e do elenco e algumas notas de produção, além de uma faixa de comentários de Jon Amiel.

Texto postado por Kollision em 14/Julho/2005