Revisto via Netflix em 3-NOV-2019, Domingo
Tão grande era a fama de Sylvester Stallone na época de lançamento deste filme que muita gente ainda lembra dele com o título de Stallone Cobra, graças também ao trabalho de diagramação extremamente oportunista do pôster de cinema. Cobra, no caso, é o apelido de seu personagem, um policial durão, de poucas palavras e nenhum remorso em exterminar os criminosos que assolam os bairros de Los Angeles. A recente onda de assassinatos sem conexão aparente aponta para uma organização terrorista que começa a espalhar o caos na cidade, e Cobra entra de vez na investigação quando passa a proteger uma modelo (Brigitte Nielsen) que acaba se tornando alvo dos bandidos. Atuando praticamente sozinho ao lado do parceiro (Reni Santoni), Cobra faz o que pode para manter a moça em segurança enquanto informantes dentro da própria polícia facilitam a vida dos terroristas. Com roteiro escrito pelo próprio Stallone, que também teria sido o verdadeiro diretor segundo dizem algumas fontes, o filme é de uma inocência quase infantil em sua caracterização unidimensional dos bandidos e dos mocinhos. Não dá para se esperar nada além da ação entrecortada por cenas românticas desengonçadas entre Stallone e Nielsen e a típica trilha sonora oitentista, com destaque especial para o brutamontes malvado feito por Brian Thompson. É muita nostalgia para quem assistiu na época, para os demais é bobo porém pode ser divertido.