Visto em mídia alternativa em 26-MAI-2019, Domingo
Mesmo com todo o sucesso que a Marvel conseguiu nos cinemas ao longo de quase vinte filmes lançados, introduzir um novo personagem com poderes cósmicos é uma tarefa das mais complicadas. Um dos resultados mais interessantes dessa aposta é Capitã Marvel, um longa que é tanto uma prequel para todos os filmes anteriores quanto uma história de origem, além de representar uma ligação tênue entre os eventos devastadores do final de Vingadores - Guerra Infinita e de Vingadores - Ultimato. O filme começa com a personagem-título (Brie Larson) vivendo sua rotina de treinos junto a um esquadrão de soldados Krees, extraterrestres de grande força e pele azul liderados por um general durão (Jude Law) que saem em missão de combate num planeta dominado por Skrulls, extraterrestres metamorfos que podem assumir a forma de qualquer um. As coisas não saem muito certo e a moça acaba sendo enviada ao planeta Terra, no ano de 1995. Memórias reprimidas vêm à tona e ela finalmente começa a ter ideia do que ocorreu em seu passado nebuloso e de como teria conseguido seus poderes, enquanto seu caminho se cruza com ninguém menos que o de Nick Fury (Samuel L. Jackson), na época um mero agente da SHIELD. Pano de fundo para o desenrolar da trama, a guerra intergaláctica entre Krees e Skrulls ganha um novo capítulo em nosso planeta enquanto as sementes do que viria a se tornar o universo Marvel como o conhecemos hoje são plantadas com toques sutis que fazem a alegria dos fãs tanto da cronologia do cinema quanto da cronologia das HQs. Mesmo que o papel de Fury seja basicamente reduzido ao de um coadjuvante de luxo na reta final da história, o filme é divertido e cumpre seu objetivo com louvor. Brie Larson abraça o papel com propriedade, e a continuidade da Marvel é devidamente enriquecida com passagens que mostram, por exemplo, um jovem agente Coulson (Clark Gregg) no início de seu relacionamento com Fury.