Cinema
Baratas Assassinas
Ano: 1998
País: Estados Unidos
Duração: 90 min.
Gênero: Terror
Diretor: Lorenzo Doumani
Trilha Sonora: Sidney James
Elenco: Randy Quaid, Katherine Heigl, Brenda Doumani, James Doohan, George Takei, Meredith Salenger, Ty O'Neal, David Lipper, Bernie Kopell, Anne Lockhart, Dennis Fimple
Distribuidora do DVD: Europa Filmes
Avaliação:
Não é segredo para ninguém que os filmes de monstro com fundo de ficção científica proliferaram como praga durante a década de 50. Incrível mesmo é perceber que praticamente todas as obras dessa época superam com folga avantajada certas porcarias modernas como este Baratas Assassinas, uma das produções mais ineptas que já tiveram a honra de receberem qualquer circulação que fosse além do círculo de amigos do diretor e do elenco corajoso, algo que só pode se justificar, por exemplo, pela presença de alguns veteranos em vergonhosa pagação de mico.
Para controlar de vez uma praga rural o governo decide usar uma substância perigosa, cujos efeitos colaterais alardeados pelo professor Hiro (Gerge Takei) são veementemente ignorados. Alguns anos depois, numa cidadezinha à la Crystal Lake, vermes e baratas começam a devorar as pessoas vivas e espalham o terror enquanto uma solitária veterinária (Brenda Doumani) e o xerife local (James Doohan) tentam compreender o fenômeno. Especialmente afetada é a família da jovem recém-chegada Shannon (Katherine Heigl), o epicentro dos horríveis incidentes. O pior é que a única solução pode ser convocar o exterminador de insetos general George (Randy Quaid), um charlatão que divulga seu "trabalho" em tenebrosas propagandas de TV.
Medo, muito medo... Da ruindade de toda a coisa, da quase completa falta de capacidade do elenco, do roteiro medonho, dos efeitos especiais de fazer corar os mais ardorosos fãs de Power Rangers... Sem contar a enganação com relação ao título, já que as aberrações não se resumem somente à técnica cinematográfica, mas também a um rompante de ignorância em relação à classe biológica dos insetos. Aqui eles sofrem uma mutação absurda que os transforma ao mesmo tempo em lacraias assassinas e baratas americanas carnívoras. E quem conseguir discernir que bicho é aquele aparece na seqüência final, por favor não hesite em me dar uma luz.
Se ainda não bastassem as cenas mal filmadas (a da queda do barco e conseqüente captura do peixe assassino é digna dos piores momentos da série dos anos 60 Batman & Robin), as tentativas de fazer humor são simplesmente vergonhosas, e não há nem mesmo alguns daqueles refrescos básicos para o benevolente espectador, a parte da platéia que não dispensa um filme trash de vez em quando. A protagonista adolescente Katherine Heigl é uma gostosura, mas não tem uma ceninha sequer com um pouquinho de pele mais à mostra. Ou seja, nada de mulher pelada para os fetichistas trash de plantão. Ganhando uns trocados para pagar as contas atrasadas aparece Gerge Takei, o comandande Sulu de Jornada nas Estrelas, em papel tão ou mais ridículo que o eliminador de pragas feito por Randy Quaid.
Na seção de extras dessa "obra" há uma mini-biografia de Randy Quaid e o trailer do filme, talvez até mais medonho do que ele próprio.
Texto postado por Kollision em 23/Janeiro/2006