Visto via Netflix em 16-AGO-2020, Domingo
Bright é um filme tematicamente bastante ousado, o que de certa forma vai contra sua essência de uma história sobre dois policiais que são obrigados a se tornar parceiros e têm que enfrentar um perigo até então inominável para ambos. O grande diferencial do longa é que ele é ambientado numa realidade alternativa onde os seres humanos evoluíram lado a lado com criaturas fantásticas como elfos, orcs, fadas, anões e outras raças fantasiosas diversas. É como se as diversas tribos de O Senhor dos Aneis tivessem sobrevivido até os dias atuais, com magia e tudo mais incluídos nesse caldeirão étnico. O filme começa com uma rusga pessoal que surge assim que um policial humano (Will Smith) e o primeiro policial orc da corporação (Joel Edgerton) formam uma parceria forçada. Eles atendem a um chamado onde precisam proteger uma jovem elfa (Lucy Fry) que carrega um raro objeto mágico cobiçado por todo o submundo do crime. Traídos pela própria polícia e atacados por marginais implacáveis, os três empreendem fuga enquanto são perseguidos por uma elfa superpoderosa (Noomi Rapace). Bright praticamente não pára depois que entra em velocidade de cruzeiro, recusando-se a dar tempo para que o espectador compreenda direito a narrativa confusa. Ainda assim o filme funciona como diversão escapista, em alguns momentos ecoando outros trabalhos do diretor David Ayer, como a passagem que lembra um ponto crucial de Dia de Treinamento (do qual ele foi o roteirista).