Visto via Netflix em 31-JUL-2016, Domingo
Perder o filho único ainda criança numa terrível tragédia pode acabar com a estrutura de uma família, por mais abastada que ela seja. É o que leva, por exemplo, um casal já em idade avançada a tratar um boneco de porcelana como se fosse seu filho, pelo menos é isso o que conclui a nova babá norteamericana (Lauren Cohan) que se depara com tal situação ao chegar a uma erma mansão vitoriana localizada na zona rural inglesa. Passado o choque inicial, ela decide ficar porque precisa do dinheiro e também porque está fugindo de um recente trauma pessoal. No entanto, o clima de solidão e as situações sinistras começam a afetá-la, principalmente quando seus empregadores partem em viagem e a deixam sozinha com o tal boneco. Das poucas interações que a moça tem com outras pessoas às maluquices que ela passa a presenciar pela casa, Boneco do mal transita perigosamente entre o sobrenatural de botequim e o slasher de natureza doentia, que ganha pontos a partir da metade da história. Tudo bem que ela é um pouco previsível para a parcela mais esperta da plateia, mas pode-se ao menos dizer que o modo como o terço final é conduzido não desaponta, principalmente na maneira engendrada pelo diretor para fazer a transição visual em direção ao ato final e à velada homenagem que ele faz a uma ou outra clássica figura do gênero.
A continuação Brahms - Boneco do Mal II foi lançada em 2020.