Cinema

O Legado Bourne

O Legado Bourne
Título original: The Bourne Legacy
Ano: 2012
País: Estados Unidos
Duração: 135 min.
Gênero: Policial
Diretor: Tony Gilroy (Conduta de Risco, Duplicidade)
Trilha Sonora: James Newton Howard (Depois da Terra, JFK - A História Não Contada, Jogos Vorazes - Em Chamas)
Elenco: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, Scott Glenn, Stacy Keach, Robert Christopher Riley, Albert Finney, Neil Brooks Cunningham, Donna Murphy, David Strathairn, Corey Johnson, Joan Allen, Oscar Isaac, Jennifer Kim, Adi Hanash
Avaliação: 5/10

Visto no cinema em 9-SET-2012, Domingo, sala 7 do Multiplex Pantanal

Convenhamos, qual é o propósito de dar sequência a uma trilogia de espionagem e ação tão eficiente? Sob todos os pontos de vista, passar o bastão para um novo personagem só pode significar ganância dos estúdios, ainda mais quando o que está em cena não chega a fazer cócegas em matéria de eficiência quando comparado com o material original. A grande ironia é que o diretor de O Legado Bourne é o roteirista responsável por toda a trilogia centrada no amnésico Jason Bourne, muito elogiado por sua estréia na direção em Conduta de Risco. Em outras palavras, Tony Gilroy é o pai da criança mas agiu como um verdadeiro padastro ao ser promovido à cadeira de diretor da franquia. Graças a Jason Bourne o programa Treadstone foi para o espaço, só que as agências secretas ainda mantêm operativos em treinamento ao redor do mundo. Aaron Cross (Jeremy Renner) é um dos agentes secretos do projeto Outcome, marcado para morrer com os colegas quando os próprios figurões do alto escalão começam a fazer merda. Contra todos os prognósticos ele escapa, unindo-se a uma médica (Rachel Weisz) numa tentativa desesperada de sobrevivência. Sempre um passo atrás deles está a equipe do novo chefão que dispara ordens a torto e a direito mas termina com cara de trouxa (Edward Norton). O Legado Bourne é tenso, mas não há mistério suficiente que faça a trama valer a pena. Jeremy Renner carrega o longa nas costas, enquanto as aparições relâmpago de personagens relevantes da trilogia original não passam de muleta para manter o interesse numa eventual sequência. Que é onde deve estar todo o cérebro que faltou a este filme, só pode.