Visto via Netflix em 21-ABR-2016, Quinta-feira
Livremente baseado num episódio real que ocorreu em 1976 e começou a colocar os vinhos franceses em seu devido lugar, O Julgamento de Paris nada mais é que uma tentativa de romantizar a famosa degustação às cegas que consagrou os vinhos californianos perante o mundo. Sem considerar os acertos e os erros do roteiro, nota-se que a mais evidente falha do filme é não se decidir entre a comédia, o drama ou o romance, este último aspecto sendo o mais descartável de todos na história do austero sommelier inglês (Alan Rickman) que viaja à Califórnia para amealhar os melhores exemplares de vinho que pode e colocá-los contra alguns dos melhores rótulos produzidos nas até então imbatíveis regiões de Borgonha e Bordeaux, num evento que viria a ser conhecido mundialmente pela expressão abrasileirada que dá título ao filme. O outro lado a história se concentra na vinícola Montelena e seus principais responsáveis, o dono (Bill Pullman) e seu filho de natureza indolente (Chris Pine). A subtrama de triângulo amoroso envolvendo Pine, Rachael Taylor e Freddy Rodriguez nada acrescenta ao todo, num puro desperdício de película. O personagem de Rodriguez, por exemplo, some a meio caminho do filme depois de cumprir sua parte no caldo "dramático". De resto, ressalta-se somente a sempre sarcástica performance de Rickman e os belos cenários dos vinhedos da Califórnia.