Visto no cinema em 13-ABR-2010, Terça-feira, sala 3 do Multiplex Pantanal
O fotografia desbotada de O Livro de Eli reflete as consequências de um apocalipse nuclear que dizimou quase toda a humanidade e regrediu a civilização a níveis bárbaros. Não se precisa em que ano se passa a história, mas sim quantas décadas se passaram desde que o desastre ocorreu. É nesse ambiente de desolação que um homem solitário (Denzel Washington) segue um caminho aparentemente sem rumo, até que ele chega a uma cidadezinha dominada por um megalomaníaco fascinado por livros (Gary Oldman). Este, ao saber que o livro que mais procura está em posse do andarilho, inicia uma violenta e sádica perseguição. Bebendo livremente da estética original criada por Mad Max 2, O Livro de Eli não é tão focado nas lutas de arte marcial quanto seu trailer dá a entender. Denzel Washington tem seus momentos de Bruce Lee, mas as lutas são coreografadas sem qualquer ímpeto de inserir o filme na categoria de imitadores de Matrix - está mais do que certo quem já comparou o estilo àquele popularizado pelo personagem japonês Zatoichi. Desta forma, sobra ênfase na história, nos personagens e no impasse político e religioso que o filme invariavelmente provoca. Como era de se esperar, Washington e Oldman se complementam em cena, mas Mila Kunis não está nada mal como a moça inocente que se envolve na trajetória suicida do misterioso Eli.