Visto em DVD em 11-MAR-2010, Quinta-feira
Fama A Bolha tem. É um dos mais lembrados longas de horror da década de 50, uma época prolífica em pastiches sobre monstros e criaturas oriundas do espaço sideral. O grande problema ou, aliás, a grande verdade sobre essa primeira versão da história é que a fama nesse caso não passa de um chamariz para um dos filmes mais infelizes e toscos do gênero. Steve McQueen é a curiosidade maior, já que ele lidera o elenco como um jovem que se esforça para avisar a população de uma cidadezinha sobre uma bolha disforme que veio do espaço e está consumindo as pessoas. Os únicos que acreditam nele são a namorada (Aneta Corsaut), um policial boa-praça (Earl Rowe) e uns amigos próximos. O que causa espanto no filme nem é tanto o punhado de diálogos infelizes ou a completa falta de carisma de alguns atores, mas sim a pobreza generalizada da produção, que força personagens a reagirem de forma estúpida às situações e a "descreverem" a bolha como um triste meio de compensar a falta de recursos. Graças à direção inepta e sem noção, a suspensão de descrença e o suspense não existem nem em um nível mínimo de diversão trash, algo que até mesmo os filmes de Ed Wood jamais deixaram de proporcionar. A Bolha, como uma palhaçada construída sobre uma gelatina de framboesa gigantesca, não passa de uma enganação muito, mas muito ruim.
Os únicos extras do DVD são o trailer e biografias curtas do diretor e de Steve McQueen.