Visto no cinema em 5-MAI-2010, Quarta-feira, sala 2 do Multiplex Pantanal
Verdade seja dita: o único motivo de eu ter assistido a Um Sonho Possível foi o Oscar recebido por Sandra Bullock. Baseado na trajetória real do jogador de futebol americano Michael Oher, interpretado por Quinton Aaron, o filme é uma reconstituição extremamente poetizada de como ele, um rapaz negro, pobre, antissocial e sem perspectivas na vida conseguiu chegar ao sucesso graças à ajuda de uma família abastada que o adotou, em especial a Sra. Leigh Anne (Bullock). Alma caridosa apesar das aparências indicarem exatamente o contrário, ela faz de tudo para ajudá-lo a se educar, abrindo caminho para que o rapaz possa se realizar através do esporte. A história é bonita, enaltecedora ao extremo e obviamente serve de exemplo para todos os que acreditam (ou não) na capacidade inata do ser humano de fazer o bem, de viver sem preconceitos e de confiar no próximo. É uma pena que haja tantas passagens forçadas, como o fato do treinador decidir aprovar Oher apenas por vê-lo jogando dois minutos de basquete e eventualmente colocá-lo no time de football. E transformar alguém com a origem que ele teve num camarada tão Ferdinando também soa como um exagero de caracterização. Pelo menos o filme não descamba para o dramalhão gratuito.
E a atuação de Bullock? Sólida, mas não acho que teve tanta substância assim para um Oscar.