Visto via Netflix em 13-FEV-2018, Terça-feira
Apesar de bastante irregular, a pior coisa a respeito de O Último Golpe é a imagem que o espectador tem de que está prestes a assistir um filme de assalto, quando na verdade o que o roteiro entrega é um drama familiar protagonizado por dois irmãos fragilizados por atos praticados erroneamente no passado. O mais velho deles (Adrien Brody) acaba de sair da prisão e logo trata de reencontrar o mais jovem (Hayden Christensen), rapaz que tem se esforçado para mudar de vida. Passada a rusga inicial com lavagem de roupa suja, Brody convence o irmão a acompanhá-lo num "negócio" que na verdade se revela uma arapuca que os obriga a participar de um assalto comandado por dois marginais da pior estirpe (entre eles o rapper Akon). Desconsiderando os exageros, a única coisa que realmente funciona no filme é a química entre Christensen e Brody, capaz de tornar crível muito do que ocorre na reta final. Infelizmente, a caracterização estúpida dos marginais, que vão da truculência extrema ao discurso moralista contra o sistema e daí à completa loucura no desfecho, mina todo e qualquer esforço empreendido pelos protagonistas. Além disso, dada a semelhança física entre o falecido Paul Walker e Hayden Christensen, não dá para evitar a sensação incômoda causada pelo seu romance com a personagem de Jordana Brewster.